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Um Actros como os outros deveriam ser…

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Consorcio-Fenatran2024

SETEMBRO DE 2010

Dilene Antonucci

Encantado com os itens de série do novo Mercedes-Benz Actros – como sistema de orientação de faixa de rolagem, controle de proximidade e assistente ativo de frenagem (ASR) –, o diretor da transportadora paranaense Rota 90, João Paulo Prado de Oliveira, diz que gostaria de encontrar esses recursos também em modelos com outras faixas de potência.

Oliveira foi um dos 600 transportadores convidados a conhecer e dirigir o modelo top de linha da Mercedes-Benz em circuito montado junto à Usina de Itaipu, no evento de lançamento do caminhão que chegou para complementar a linha de pesados da Mercedes-Benz. “Itens como esses aumentam o conforto, a segurança e a economia. Gostaríamos de tê-los também nos Mercedes que usamos em nossas operações, mas são trucks e cavalos de menor potência”, disse o empresário. A Rota 90 é especialista no transporte de defensivos e bebidas.

O Actros apresentado em Itaipu, modelo 2546 LS, tem tração 6×2, e vem se juntar ao 2646 LS 6×4, lançado na Fenatran, em outubro de 2009, e à versão basculante 4844 K 8×4 para operações fora-de-estrada, ambos já à venda no Brasil.

DE SÉRIE – Outro diferencial dos caminhões Actros é o conforto da cabine Megaspace, com piso totalmente plano, largura de 2,26 m e altura de 1,92 m. A cabine conta com suspensão pneumática, ar condicionado de série e ar condicionado noturno, que funciona por até oito horas com o motor do caminhão desligado, ou seja, sem consumir combustível.

“Com o Actros, nos colocamos à frente da concorrência, pois temos itens de série de conforto e segurança que os outros só oferecem como opcionais”, diz o gerente de marketing de caminhões da Mercedes, Eustáquio Sirolli, somando à lista citada acima o câmbio PowerShift de 12 velocidades totalmente automatizado, sem pedal de embreagem, e o freio a disco eletrônico com ABS.

As três configurações incluem ainda bloqueio das rodas de morro acima, que possibilita uma arrancada suave, mesmo com o veículo carregado. O motor é o OM 501 LA de seis cilindros em V com potência de 456 cv a 1.800 rpm e torque de 224 mkgf a 1.080 rpm. Foi ele o responsável por um feito histórico da marca na época do lançamento do Actros na Europa: o caminhão rodou no Sul da Itália por 13 mil km, em sete dias, e conseguiu fazer 5,14 km/litro de diesel (19,44 litros/100 km). Estava com 40 t de PBTC. Tão econômico assim, foi para o Guinness Book.

O modelo 2546 LS 6×2, com cabine conforto, custa R$ 370 mil. O 2646 LS 6×4 já teve 100 unidades e mais 400 cotas de consórcio vendidas a R$ 440 mil com cabine Megaspace e pacote de segurança. Já o modelo 8×4 basculante está na casa dos R$ 517 mil.

A expectativa da Mercedes é vender 1.500 Actros importados ainda este ano e três mil em 2011, já com índice de 40% de componentes nacionalizados. Com investimentos de R$ 1,2 bilhão, a Mercedes-Benz anunciou a expansão da produção de caminhões em São Bernardo do Campo e Juiz de Fora. Na fábrica mineira serão produzidos Actros a partir de 2012, aí sim atraindo fornecedores locais e com mais de 60% de componentes nacionalizados, o que possibilitará a venda com financiamento do Finame. (Colaborou Luciano Alves Pereira)

…e um Axor com câmbio supermacio

A Mercedes-Benz acaba de incorporar o câmbio semiautomatizado ComfortShift a toda a linha Axor com motor OM 457 LA de 12 litros. Com ele, a alavanca de troca de marchas é substituída por uma manopla do tipo “joystick”, mais fácil de operar. Essa foi a principal novidade da nova linha de caminhões apresentada em julho na fábrica de São Bernardo do Campo.

A diferença fundamental entre o já conhecido câmbio G-240 com alavanca e o ComfortShift é o sistema de engate de marcha. O acionamento passa a ser eletropneumático, não havendo mais uma ligação mecânica entre o setor de marchas e a caixa. Mas é preciso pisar na embreagem para completar as mudanças de marcha.

A diferença de conforto para quem dirige é enorme. Numa mina, por exemplo, um motorista faz em média 1.200 trocas de marcha num turno. O serviço vai ficar mais leve: os engates do ComfortShift são selecionados eletronicamente e a marcha escolhida é engrenada de forma pneumática assim que o motorista pressiona o pedal da embreagem. A marcha engrenada, a pré-selecionada ou ainda a recomendada, é mostrada no display do painel de instrumentos, orientando de forma clara o motorista.

Além do conforto e da proteção do trem de força contra a escolha errada da marcha na operação manual, a ComfortShift chega com o preço em conta comparado com as caixas automatizadas disponíveis no mercado. Junto com o freio ABS, o sistema vai custar cerca de R$ 4.500,00, pouco mais de 1% do valor do veículo que, na versão básica, tem preço de R$ 365.980,00.

De janeiro a junho, foram vendidos 4.433 pesados Axor no país, o que representa 20% do total das vendas de caminhões Mercedes-Benz no período. A Mercedes-Benz é a marca que vendeu mais caminhões pesados no Brasil desde o lançamento da Linha Axor, em 2005 na mesma Usina de Itaipu – mais de 40 mil até junho deste ano.

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